Grupo percorreu Viena, Salzburg e Praga em roteiro musical com o maestro Ricardo Prado
Quando o maestro Ricardo Prado aceitou o convite para viajar para a Europa conduzindo um grupo de melômanos pelos caminhos da música, sabia que seria um sucesso. Como um músico que escolhe cuidadosamente as notas na partitura para encantar a platéia, o maestro elegeu as cidades, pesquisou a melhor programação em cada uma delas e, finalmente, definiu o roteiro: Viena, Salzburg e Praga. Uma das passageiras garantia, contando com a entusiasmada concordância do grupo: “É uma viagem de filme. Viagem dos sonhos”.
Viena
Salzburg
Praga
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A programação musical
Estrelas não faltaram no roteiro musical programado pelo maestro. Em Viena, o grupo teve a rara oportunidade de assistir, em três dias, a todos os elencos permanentes da Ópera de Viena: sua orquestra (base da grande Filarmônica de Viena), seu magnífico coral e o corpo de baile - num memorável espetáculo que reuniu coreografias tradicionais com criações contemporâneas.
No próximo destino, a cidade de Salzburg, acontecia o consagrado Festival de Páscoa. Segundo o maestro Ricardo Prado, o público pôde confirmar que se trata de um dos maiores eventos musicais do mundo.
- Logo no primeiro concerto, assistimos à comovente homenagem da Filarmônica de Berlim à Herbert Von Karajan com o Concerto para Violino de Beethoven, com Anne-Sophie Mutter, dirigido por Seiji Ozawa, que viajará este ano por toda Europa. A Deutsche Grammophon já anunciou seu lançamento em DVD -, adianta o maestro.
Nos dias seguintes, o grupo teve oportunidade de constatar a fantástica versatilidade daquela orquestra e seu diretor, Sir Simon Rattle. Com um elenco de estrelas, foram apresentadas obras sinfônicas, o Oratório à Criação, de Hydin, e As Valquírias, de Wagner.
Praga – o terceiro e último destino – é há muito conhecida pela excelência de seus músicos. Sobre essa experiência de arte e história, Ricardo Prado comenta:
- Não houve quem não saísse encantado, especialmente na excepcional montagem de Don Giovani, no Teatro dos Estados, onde a Opera estreou, sob a regência do próprio Mozart, em 1787.
* Confira a programação musical completa da viagem no post adiante.
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Abadia de Melk: um lugar para o improviso
Maestro também toca de ouvido. Frustrado por ter perdido a chance de levar o grupo de Viena a Salzburg a bordo do trem histórico Imperial Amadeus Train (temporariamente desativado), Ricardo Prado resolveu brincar de improvisar e propôs uma parada estratégica ao motorista do ônibus fretado: uma visita à Abadia no alto da cidade de Melk, às margens do rio Danúbio.
O imenso complexo arquitetônico barroco - que inclui mosteiro, igreja, biblioteca e espaços culturais – impressionou e emocionou os amantes da música. Um deles, comovido, despediu-se de Melk com a seguinte declaração – seguida de um nó na garganta:
“Eu amo o belo”.
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O que faltou - e está por vir
Depois de tanta beleza percorrida com os olhos, ouvidos e corações, chegou-se à inevitável conclusão dos projetos bem sucedidos: parece que ficou faltando um pedaço. Ou mais.
- Queria ter incluído Budapeste, onde morei, e também a belíssima São Petersburgo...
Inquieto, mas muito satisfeito, o maestro lembra que ficou comovidamente feliz de ver a emoção das pessoas com a programação musical, os lugares visitados, as paisagens, as guloseimas e com o convívio entre elas.
Aliás, nesse destino recheado de doces tentações, gulosos e gulosas não tiveram do que reclamar. Confortavelmente instalados nos melhores cafés e confeitarias da Europa, puderam apreciar tortas e chocolates famosos mundialmente - como a confeitaria Fürst e seu delicioso Salzburger Mozartkugel.
E o maestro continua:
- Quase tão bom quanto o que aconteceu foi o que ficou faltando, porque isso dá espaço para inventar outras viagens.
Outras viagens?
- Para mim, essa foi a confirmação de que aquilo que poderia ser uma experiência interessante vai se tornar uma atividade permanente do Clube do Maestro.
Portanto, quem quiser já pode ir afinando o passaporte.
* Nosso especial agradecimento e carinho à fotógrafa oficial do grupo, Célia Junqueira, que nos cedeu várias das fotos usadas nesta reportagem.
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